Protocolo de contingência COVID-19
Como meio de prevenção em meio a pandemia biológica da COVID-19 que afeta o mundo, a SER, representada pelas equipes Médica e ASV em conjunto com a Comissão Operacional, solicita aos RESGATISTAS que caso sejam acionados para um resgate real, declarem se gozam de boa saúde e não possuem restrições médicas para práticas esportivas inerentes às atividades de ESPELEORRESGATE.
O mesmo deve declarar estar ciente de que o vírus que causa a COVID-19, expõe o RESGATISTA a contaminação, sendo o RESGATISTA o responsável por sua própria segurança, eximindo a SER e a SBE de qualquer responsabilidade por quaisquer incidentes e acidentes que venham a ocorrer.
Declara também que durante a operação de resgate a qual está se voluntariando respeitará os protocolos de segurança e fará uso de EPIs e EPCs estipulados pelas equipes Médica e ASV e pela Comissão Operacional da SER/SBE.
Objetivo
Dirimir ao máximo possível as contaminações por SARS-CoV-2 em todos os entes participantes de um resgate espeleológico.
- Evitar que tenha alguém infectado na missão
- Proteção para ninguém mais ser infectado se houver alguém doente (resgatista ou vítima)
Gestão
Acionamento (durante o acionamento por telefone)
Perguntar se os resgatistas:
- apresentaram sintomas gripais ou febre (acima de 37,8 ℃) nos últimos 14 dias?
- estiveram com alguém positivo ou suspeito nos últimas 14 dias?
- se é, mora ou convive com alguém do grupo de risco (maior de 60 anos, doença crônica (hipertensão, diabetes, doenças respiratórias, imunossuprimidos)? Em especial se é da equipe ASV.
- viajou ou teve contatos que viajaram recentemente nos últimos 14 dias?
- perguntar sobre o estado geral de saúde (ex: se está com alguma infecção)
- avisar que ao final todos socorristas irão passar por um processo de descontaminação rápida (banho de campo) – trazer muda de roupa extra
CT (PC)
- Montar uma equipe ASV com pessoas o mais novas e em boas condições físicas possível.
- Os resgatistas da equipe de gestão devem manter os distanciamentos e protocolos de higiene.
- Arrumar estrutura para os banhos para desinfecção (ex: bomba costal e sabão).
- Arrumar sistema para desinfecção dos materiais dos resgatistas ao final da atividade (ex: balde com água e sabão neutro ou hipoclorito) + Ter sacos de lixo para colocar o conjunto de roupas sujas dos resgatistas.
- Arrumar sistema para desinfecção dos materiais coletivos ao final da atividade (ex: balde com água e sabão neutro ou hipoclorito + álcool pra limpar rádios + panos).
- Informar nas fichas de missão que ANTES de se reportar à saída ao PC, passar na área de descontaminação.
- Após o período de 7 e de 14 dias, ligar para os resgatistas para saber se tiveram qualquer sintoma gripal ou febre.
- Como forma de prevenção, os RESGATISTAS que forem do grupo de risco ou que convivam com alguém do grupo de risco não serão recrutados para atuar in loco, podendo ser acionados para auxilio em home office, de acordo com a solicitação do CT.
Posto de Triagem
- Testar a temperatura (com termômetro a laser, ou muito bem higienizado) e avaliar sintomas gripais (tosse, coriza…)
- Perguntar novamente sobre o histórico do resgatista.
- Dar e indicar como os EPIs devem ser utilizados e retirados, recomendações (como espirrar e tossir no cotovelo, não compartilhar comida, garrafas, itens pessoas, evitar tocar no rosto, higienizar as mãos antes comer e de fazer as necessidades, manter distância sempre que possível), para todos resgatistas: 2 pares de luvas cirúrgica, 1 máscara (preferencialmente 1 N95 ou 2 cirúrgica) e óculos.
- Dar e indicar como os EPIs devem ser utilizados, para resgatistas da ASV: 4 pares de luvas cirúrgica, 1 máscara (preferencialmente 1 N95 ou 2 cirúrgicas + extras para a equipe), óculos de proteção, 1 touca de cabelo, 1 frasco de álcool gel 70% (ou swabs), ou outra solução desinfectante e avental cirúrgico.
- Todos devem assinar o documento “SER 0024 ‐ Protocolo Contingência COVID-19” e de recebimento de EPIs.
ASV
Avaliação primária
- Os socorristas que atendem devem ter, além dos EPIs básicos, avental cirúrgico (TNT).
- Pôr a máscara no paciente para prevenir saída de gotículas.
- Ter os mesmos cuidados com os acompanhantes do paciente.
Avaliação secundária
- Colocar no macacão térmico e manter a máscara.
- Desinfetar mãos e rosto (e pedir ele não pode mais encostar no rosto + lavar as mãos dele constantemente e sempre que tocar o rosto).
- Perguntar se ele teve histórico de viagem, de contato com pessoas positivas ou suspeitas.
- Perguntar se teve febre ou algum outro sintoma da doença recentemente.
- Medir a temperatura da vítima.
Todas as equipes ao final da atividade
- Colocar na área destinada todos os materiais individuais e/ou coletivos.
- Esperar instrução para a retirada correta dos EPIs.
- Higienizar as mãos.
- Prosseguir para o banho de descontaminação.
- Ir no PC informar saída da caverna (somente após a descontaminação).
- Até o período o de 14 dias após a atividade, LIGAR IMEDIATAMENTE para o CT caso tenha
- tido qualquer sintoma gripal, febre ou infecção confirmada por COVID‐19.
Operação
- ao ser acionado e solicitado a comparecer no local determinado pela equipe de gestão e/ou CT, o RESGATISTA NÃO DEVERÁ SE APRESENTAR NO PC E SIM NO POSTO DE TRIAGEM, conforme ilustração.
- os CTs responsáveis devem atentar para as diretrizes das zonas de operação, conforme ilustração.
- os CTs devem se atentar para acionar pessoas o mais novas e em boas condições físicas possível.
- ao final da jornada de resgate TODOS DEVEM PASSAR NO POSTO DE DESCONTAMINAÇÃO ANTES DE SE APRESENTAREM AO PC, conforme ilustração.
Nota: é fundamental se atentar para a versão do documento, pode haver alteração de protocolos, procure seu CT para confirmar a versão mais atualizada.
Ciente:
Nome completo:
Nº SER:
Data:
Conselheiro Técnico da operação em curso:
SER — 0024 — Protocolo Contingencia COVID 19 — Comissões, Medica, ASV e Operacional — v.01 — 28/03/2020
Acesse também a versão em PDF deste documento: